Apresentado fora de competição no Festival de Cannes, o novo filme de Thierry Klifa inspira-se livremente na figura real de Françoise Bettencourt-Meyers, herdeira do império L’Oréal, para construir uma tragédia familiar contemporânea marcada por poder, segredos e vingança.
No centro, a mulher mais rica do mundo (Isabelle Huppert), um fotógrafo ambicioso e insolente (Laurent Lafitte), um mordomo vigilante e uma teia de intrigas onde se cruzam paixões, traições e doações astronómicas. Oscilando entre thriller psicológico e drama burguês, o filme mergulha nas zonas sombrias da memória coletiva francesa, evocando o papel de certas famílias industriais católicas cuja ascensão se construiu também graças à colaboração com a Alemanha nazi. Uma narrativa intensa, onde as personagens se revelam simultaneamente monstruosas e infantis.