Filmes

PREMIÈRES

Filmes em antestreia absoluta em Portugal, estas obras chegam diretamente dos mais prestigiados festivais internacionais — Cannes, Veneza, Berlim — trazendo ao público português o que de mais recente se faz no cinema francófono e assinadas pelos seus maiores autores.

A Mulher mais Rica do Mundo

de Thierry Klifa

França, Bélgica, 2025

Alpha

de Julia Ducournau

França, Bélgica, 2025

As Cores do Tempo

de Cédric Klapisch

França, Bélgica, 2025

Caso 137

de Dominik Moll

França, 2025

Chien 51

de Cédric Jimenez

França, 2025

Enzo

de Robin Campillo, Laurent Cantet

França, Bélgica, Itália, 2025

L’Attachement

de Carine Tardieu

França, 2024

L’inconnu de la grande arche

de Stéphane Demoustier

Dinamarca, França, 2025

La petite dernière

de Hafsia Herzi

França, Alemanha, 2025

Moi qui t’aimais

de Diane Kurys

França, 2025

Nouvelle Vague

de Richard Linklater

França, Estado Unidos da América, 2025

O Último Suspiro

de Costa-Gravas

França, 2025

Partir, um Dia

de Amélie Bonnin

França, 2025

Vida Privada

de Rebecca Zlotowski

França, 2025

COMPETITIVA

Dedicada às primeiras e segundas longas-metragens, esta secção dá palco ao que de mais vibrante e ousado se faz no novo cinema francês. Um espaço de descoberta de novos talentos e de afirmação de novas vozes autorais, onde se revelam as obras que desenham o futuro do cinema francófono.

L’Engloutie

de Louise Hémon

França, 2025

La Pampa

de Antoine Chevrollier

França, 204

Le Rendez-Vous de L’étè

de Valentine Cadic

França, 2025

Le Roi Soleil

de Vincent Maël Cardona

França, 2025

Love me Tender

de Anna Cazenave Cambet

França, 2025

Ma frère

de Lise Akoka, Romane Gueret

França, 2025

RIR À GRANDE E À FRANCESA

O humor francês no seu melhor: uma seleção das comédias mais esperadas do ano em França que prometem arrancar gargalhadas também ao público português.

À bicyclette!

de Mathias Mlekuz

França, 2024

Acabou-se a Festa!

de Antony Cordier

França, Bélgica, 2025

La cache

de Lionel Baier

França, Luxemburgo, Suíça, 2025

Le Répondeur

de Fabienne Godet

França, 2025

LA BELLE ÉPOQUE

Uma viagem pelo património imortal do cinema francês. Esta secção celebra a obra de grandes autores que marcaram a história do cinema mundial, revisitados através de cópias restauradas e sessões especiais. Um convite a redescobrir a magia do cinema clássico francês, na sua beleza intemporal.

Lumière – A Aventura Continua!

de Thierry Fremaux

França, 2025

O Acossado

de Jean-Luc Godard

França, 1959

RETROSPETIVA ALAIN DELON

Foi a grande estrela masculina europeia dos anos 1960, um símbolo do cinema francês, uma extraordinária presença, um ator extraordinariamente disponível para ser filmado, que foi somando a beleza felina ao magnetismo, ao instinto, à insolência, à ambivalência, à intensidade, à insondabilidade como qualidades de representação. Diante das câmaras solar e lunar, Alain Delon (1935-2024) soube trabalhar a exceção e o privilégio dos encontros com grandes cineastas, sobretudo em França e Itália – René Clément, Jean-Pierre Melville, Luchino Visconti, Michelangelo Antonioni, Valerio Zurlini, Joseph Losey, Jean-Luc Godard entre os mais decisivos.

Soube também organizar as condições de outros tantos encontros, assumindo cedo e com consistência o duplo papel de ator-produtor, ciente de querer escolher projetos e cúmplices – ainda dos realizadores, Alain Cavalier, Christian Jacque, Jacques Deray, Guy Gilles, Julien Duvivier, Henri Verneuil, José Giovanni ou Bertrand Blier. Falhou um verdadeiro capítulo em Hollywood, mas andou por lá e foi dirigido por Jack Cardiff ou Mark Robson. Reconhecido à escala do planeta, conheceu um êxito fulgurante no Japão. Realizou dois filmes nos anos 1980, anunciou a despedida do cinema no final da década seguinte, o que quase concretizou, passando a dedicar-se a telefilmes e séries.

Viu-se nele um símbolo sexual, um objeto de desejo. Foi uma criatura de cinema. Construiu uma filmografia de seis décadas e uns oitenta filmes, mais policiais do que românticos, e dramas-melodramas, com incursões esparsas na comédia e no western, personagens cadentes a esgrimirem questões de identidade (são dúplices vez após vez e morrem vez após a vez), papéis em que apurou uma rara dualidade incendiária e contida (com o olhar, os gestos, os silêncios), obras-primas, filmes do imaginário popular dos espectadores de cinema do século XX, lastro noutros corpos celestes.

A vida privada foi turbulenta, não isenta de escândalos ou da infâmia de algumas posições públicas. Na magoada infância, como na vida rebelde da adolescência de Alain Delon, o cinema não era um destino provável. Encontrou-o depois do regresso da Indochina, para onde muito novo embarcou marinheiro, quando Yves Allégret lhe ofereceu o papel de jovem sedutor assassino sob contrato em QUAND LA FEMME S’EN MÊLE (1957), em que se fez notar. Afirmou mais tarde ter seguido o conselho do seu primeiro realizador, ser naturalista no modo de falar, ouvir, olhar – “Não representes, vive. Isso mudou tudo. Se Yves Allégret não mo tivesse dito assim, eu não teria tido esta carreira.” (Vanity Fair, 2017)

O que se seguiu não tardou a atingir um primeiro altíssimo momento em PLEIN SOLEIL, com o impenetrável Ripley de fogo e gelo que levou Visconti a olhar para ele (ROCCO E I SUOI FRATELLI, IL GATTOPARDO), Antonioni a desafiá-lo (L’ECLISSE), antes de Melville lhe achar toda a graça (LE SAMOURAÏ, LE CERCLE ROUGE, UN FLIC). O “ciclo italiano” de Delon conta com outra obra maior, de Zurlini (LA PRIMA NOTTE DI QUIETE), e dos cumes participam ainda um dos dois títulos com Losey (MR. KLEIN) e a ligação tardia com Godard, que o pôs num filme de mar e vagas com título do movimento do qual ele nunca foi imagem (NOUVELLE VAGUE). Dos grandes êxitos populares, a marca inevitável é LA PISCINE, e depois BORSALINO (de Jacques Deray, o seu mais regular realizador), mais tarde NOTRE HISTOIRE de Bertrand Blier (César de Melhor ator em 1985) e o filme da última aparição, ASTÉRIX AUX JEUX OLYMPIQUES (Frédéric Forestier, Thomas Langmann, 2006).

Como mestres reconhecia Clément, Visconti, Melville, e também Jean Gabin, com quem contracenou em três filmes de Henri Verneuil. Entre os pares, o amigo Jean-Claude Brialy, Claudia Cardinale e Burt Lancaster, Romy Schneider, atriz dileta, o rival Jean-Paul Belmondo. Visconti distinguiu o que reconhecia único, “O Alain tem qualquer coisa só dele, além do encanto fulgurante. Qualquer coisa da ordem da melancolia”. David Thomson descreveu-o como “o anjo enigmático do cinema francês, com apenas 32 anos em 1967 [o ano do SAMOURAÏ], e quase feminino. Ainda assim, tão circunspecto e imaculado que pode ser considerado letal ou potente.” Louis Skorecki escreveu certa vez (Libération, outubro de 1997): “Outrora lindamente dirigido por Visconti (a coisa começa a saber-se), Antonioni (uma coisa que se esquece), Melville (beleza do esperanto SAMOURAÏ, génio de UN FLIC, filme-testamento medievalo-gangster) e sobretudo Zurlini (génio esquecido do cinema italiano), assinou dois bons filmes comerciais ‘delonianos’, POUR LA PEAU D’UN FLIC e LE BATTANT.” Foi o americano Forest Whitaker quem falou da “virtude do silêncio” aprendida a ver Delon como Jef Costello para GHOST DOG de Jim Jarmusch. Numa roda de imprensa do século XXI, Alain Delon afirmou propósito do seu epitáfio que concordaria em ver-se refletido como “o samurai do cinema”.

O programa está pormenorizado nas notas seguintes, que esmiúçam filmes e contextos. É a retrospetiva portuguesa em 2025 de Alain Delon, que teve a primeira de todas na Cinemateca Francesa de Henri Langlois em 1964, aos 29 anos, no auge da juventude cinematográfica. Era raro.

Fonte: Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema

A Coragem de Um Homem

de Alain Delon

França, 1981

À Luz do Sol

de René Clément

França, Itália, 1959

A Piscina

de Jacques Deray

França, Itália, 1968

A Rapariga de Motocicleta

de Jack Cardiff

França, Reino Unido, 1968

Borsalino

de Jacques Deray

França, 1969

Dois Contra o Texas

de Michael Gordon

Estado Unidos da América, 1966

Journal d’un combat

de Guy Gilles

França, 1964

Le Samouraï

de Jean-Pierre Melville

França, Itália, 1967

Les Cent Et Une Nuits de Simon Cinéma

de Agnès Varda

França, 1995

Nouvelle Vague

de Jean-Luc Godard

França, 1990

O Assalto ao Casino

de Henri Verneuil

França, Itália, 1962

O Círculo Vermelho

de Jean-Pierre Melville

França, 1970

O Clã dos Sicilianos

de Henri Verneuil

França, 1969

O Eclipse

de Michelangelo Antonioni

França, Itália, 1962

O Indomável

de Alain Cavalier

França, Itália, 1964

O Leopardo

de Luchino Visconti

França, Itália, 1963

Outono Escaldante

de Valerio Zurlini

Itália, França, 1972

Quand la femme s’en mêle

de Yves Allégret

França, Itália, Alemanha, 1957

Rocco e os seus Irmãos

de Luchino Visconti

Itália, 1960

Um Homem na Sombra

de Joseph Losey

França, Itália, 1976

SESSÕES ESPECIAIS

Um espaço de encontro e reflexão, onde o cinema se prolonga para além do ecrã. As sessões especiais abrem caminho a debates, diálogos e conversas em torno de temas contemporâneos, reunindo cineastas, especialistas e público numa partilha de ideias que reforça o papel do cinema como lugar de pensamento e descoberta.

37 secondes

de Anne Landois, Sophie Kovess-Brun

França, 2024

Douce

de Isabelle Lenoble

França, 2025

Écrire la vie – Annie Ernaux racontée par des lycéennes et de lycéens

de Claire Simon

França, 2025

Les algues vertes

de Pierre Jolivet

França, 2023

Les habitants

de Maureen Fazendeiro

França, Portugal, 2025

O Fabuloso Destino de Amélie

de Jean-Pierre Jeunet

França, Alemanha, 2001

Quand tu écouteras cette chanson

de Mona Achache

França, 2025

CURTAS

Um laboratório de formas e ideias, onde o cinema se reinventa em formato breve. Esta secção dedicada à curta-metragem apresenta a vitalidade do novo cinema francês, revelando talentos emergentes e olhares singulares, em obras que condensam em poucos minutos a força e a imaginação do grande ecrã.

Ce qui appartient à César

de Violette Gitton

França, 2024

Chère Louise

de Rémi Brachet

França, 2023

Les mystérieuses aventures de Claude Conseil

de Marie-Lola Terver, Paul Jousselin

França, 2023

Mort d'un acteur

de Ambroise Rateau

França, 2024

Papillon

de Florence Miailhe

França, 2024

Soleil gris

de Camille Monnier

França, Bélgica, 2024

PETITS CINÉPHILES

Um espaço pensado para os mais novos — e para toda a família — onde o cinema se revela como descoberta, jogo e imaginação. Sessões especialmente dedicadas ao público infantil convidam a entrar em mundos fantásticos, cheios de aventuras, humor e emoção, despertando desde cedo o gosto pelo cinema.

O Natal dos Animais

de Caroline Attia, Camille Almeras, Haruna Kishi, Ceylan Beyoglu, Olesya Shchukina, Natalia Chernysheva

França, Alemanha, 2024

DEUXIÈME CHANCE

Uma secção dedicada a dar nova vida a filmes que merecem ser redescobertos. Obras de grandes realizadores franceses, já exibidas em sala, regressam agora ao grande ecrã para encontrar novos públicos e renovar o diálogo com os espectadores. Uma segunda oportunidade para celebrar o cinema que não se esgota.

Amor e queijo

de Louise Courvoisier

França, 2024

Como Matar e Ganhar

de Franck Dubosc

França, 2024

Misericórdia

de Alain Guiraudie

França, Espanha, Portugal, 2024

O Processo do Cão

de Laetitia Dosch

França, Suíça,

O Segundo Acto

de Quentin Dupieux

França, 2024

Quando Chega o Outono

de François Ozon

França, 2024

Siga a Banda!

de Emmanuel Courcol

França, 2024

Três Amigas

de Emmanuel Mouret

França, 2024

Umas Férias à Força

de Artus

França, 2024

Un Mundo Maravilhoso

de Giulio Callegari

França, 2025